16
Jul 10

 

 

J.R.Ward

 

 

Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 434
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724619446
Sinopse
Nas sombras da noite da cidade de Caldwell, em Nova Iorque, trava-se uma guerra territorial entre vampiros e seus caçadores. Ali, existe um bando secreto de irmãos sem igual - seis guerreiros vampiros, defensores da sua raça. Possuído por uma criatura mortífera, Rhage é o mais perigoso membro da Irmandade da Adaga Negra.
Na irmandade, Rhage é o vampiro com o apetite mais forte. É o melhor lutador, o mais rápido a reagir aos impulsos e o amante mais voraz - pois dentro dele arde uma maldição feroz imposta pela Virgem Escrivã. Refém do seu lado mais obscuro, Rhage receia as vezes em que o seu dragão interior é libertado, tornando-o um autêntico perigo para todos os que o rodeiam.
Mary Luce, uma sobrevivente das teias mais trágicas da vida, é atirada, sem querer, para o mundo vampírico, ficando dependente da protecção de Rhage. Vítima da sua própria maldição fatal, Mary não está em busca de amor. Perdeu a fé nos milagres há muitos anos. Contudo, quando a intensa atracção animal de Rhage se transforma em algo mais emocional, ele sabe que deve ligar Mary a si próprio. E, enquanto os seus inimigos se aproximam, Mary luta desesperadamente para ganhar a vida eterna junto daquele que ama...
Como já tinha dito, adorei o primeiro volume desta saga, e figuei com imensa curiosidade de ler os restantes livros, mas pensei que se tornariam talvez aborrecidos com a continuidade da história, enganei-me redondamente.
Continuo a adorar principalmente a escrita desta autora. É fantástica. Vale mesmo a pena ler, mesmo os não simpatizantes de histórias de vampiros, que era o meu caso.

 

publicado por wandinha às 00:27

José Manuel Saraiva

Edição/reimpressão: 2005
Páginas: 452
Editor: Oficina do Livro
ISBN: 9789895551132
Sinopse
Em 1368, D. Leonor Teles de Menezes, a mulher mais desejada do Reino, casa com o morgado de Pombeiro, D. João Lourenço da Cunha. O matrimónio é imposto por seu tio, D. João Afonso Telo, conde de Barcelos. Mulher fora do tempo, aceita contrariada o casamento, que a melancolia da vida do campo não ajuda a ultrapassar. Por isso, decide abandonar o marido e parte para Lisboa, para gozar a vida de riqueza e luxúria que a Corte proporciona. Perversa e ambiciosa, não tem dificuldade em seduzir o jovem monarca, D. Fernando, alcançando, desse modo, o poder que sempre desejou. Mas a nobreza, o clero e o povo não veêm com bons olhos esta aliança de adultério com o Rei. E menos ainda quando a formosa Leonor Teles se envolve com o conde Andeiro... "Rosa Brava" é um romance baseado na investigação histórica que, por entre intrigas palacianas, traições, assassínios e guerras com Castela, reinventa, numa linguagem cativante, uma das personagens mais fascinantes da História de Portugal.
Rosa Brava de José Manuel Saraiva

 

Excerto
"Num impenitente estado de desassossego, despidos já da roupa, do medo e da vergonha, os dois voltaram a beijar-se. E foi no movimento ondular dos corpos e de muitos beijos que se cumpriram na urgência do milagre mais perfeito daquela noite de esplendor. Para ambos, talvez mais para Leonor Teles do que para o rei, consumara-se, no espaço destinado à ofensa e à perfídia, uma longa espera para uma oportunidade breve."



Críticas de imprensa

"Romance fervilhante de amores proibidos e intrigas palacianas, baseado numa rigorosa investigação histórica."
Expresso

 

 


15
Jul 10

 

Harlan Coben
Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 272
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722343022
Colecção: Minutos Contados

Sinopse
Myron Bolitar há mais de sete anos que não sabe nada de Terese Collins, desde a altura em que terminaram o seu intenso romance. Por isso, quando ela lhe liga de Paris num tom desesperado, Myron é completamente apanhado de surpresa. Suspeita da morte do ex-marido, Terese não tem ninguém a quem recorrer. Myron hesita, mas uma pista do caso arrasta-o para uma trama sinistra antes de poder voltar atrás. Com o seu característico charme e bom humor Myron terá de andar sempre um passo à frente de organizações como a Interpol e a Mossad antes que a sua própria vida e a de Terese se encontrem em risco. O novo livro de um dos maiores mestres do thriller contemporâneo continuará a cativar fãs com o seu ritmo frenético e enredo empolgante.
Um romance de leitura compulsiva. Um livro cheio de adrenalina, mistério e acção.
Um thriller soberbo. Para quem aprecia o género é uma excelente aposta. Eu adorei, e quero repetir brevemente e conhecer todos os outros livros do autor.

 

Daphne Du Maurier
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 400
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722341035
Sinopse
Escrito em 1938, Rebecca é uma obra de fôlego, diversas vezes adaptada ao cinema. Porém, só em 1941, numa versão de Alfred Hitchcock, o filme ganharia protagonismo, chegando mesmo a vencer dois Óscares estando nomeado para nove categorias. Rebecca é um clássico onde os sentimentos adquirem um lugar de destaque. Sentimentos no feminino, já que se trata da história de duas mulheres que se envolvem com o mesmo homem, apenas com uma particularidade: Rebecca está morta. E é o fantasma, embora nunca visível, do seu passado que assombra a nova mulher, agora casada com o nobre britânico e apaixonado de Rebecca. A intriga é assombrosa e ao mesmo tempo envolvente deixando sempre a sensação de que Rebecca é omnipresente. E é com esta imagem antiga que a nova mulher do viúvo Maxim de Winter terá de enfrentar todos os que amavam Rebecca e que a encaram como alguém que veio para lhe roubar o lugar. Rebecca é o romance que celebrizou Daphne du Maurier e que conheceu 28 reedições em quatro anos só na Grã-Bretanha.

"Sonhei, a noite passada, que voltara a Manderley". É com esta frase que começa o romance que consagrou Daphne du Maurier, traduzido em cerca de 20 línguas e adaptado em filme por Hitchcock.

Uma obra cativante, com uma história que nos prende desde a primeira frase. Um livro repleto de mistério escrito de uma forma fantástica.
E uma leitura completamente recomendável.



 


 

 

Barbara Bretton

 

 

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 296
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789898228192
Sinopse
Parece uma vila bucólica igual a tantas outras, mas esconde um segredo antigo de todos os visitantes…
Sugar Maple é uma terra encantada habitada por feiticeiras, fadas, vampiros e outras criaturas mágicas. Chloe Hobbs é a única que não tem poderes especiais naquele lugar onde nada é o que parece.

Chloe é a proprietária da Sticks & Strings, uma popular loja de artigos de tricô. Mas é também a última descendente de uma longa dinastia de feiticeiras com o futuro de Sugar Maple nas mãos. Chloe sabe que tem de se apaixonar para receber os poderes mágicos e continuar a proteger a sua terra natal. Mas, aos 30 anos, ainda sonha com o verdadeiro amor e as amigas decidem lançar feitiços para a ajudar a encontrar o homem dos seus sonhos. O que ninguém esperava era que Chloe se apaixonasse perdidamente por Luke MacKenzie, o polícia destacado para investigar o primeiro crime ocorrido em Sugar Maple e cem por cento humano. Se o amor abre finalmente a porta aos seus poderes mágicos, esses mesmos poderes impedem Chloe de sonhar com um futuro ao lado de Luke… Feitiços de Amor é um romance encantador e inesquecível sobre o poder do amor e a magia dos sonhos.
É um livro leve, com uma história original, mas mesmo assim não me cativou.

31
Mar 10

J.R.Ward

 

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 428
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724619088

Sinopse

Nas sombras da noite da cidade de Caldwell, em Nova Iorque, trava-se uma guerra territorial entre vampiros e seus caçadores. Ali existe um bando secreto de irmãos sem igual - seis guerreiros vampiros, defensores da sua raça. Mas nenhum deseja mais a morte dos seus inimigos que Wrath, o chefe da Irmandade da Adaga Negra.
Único vampiro de puro-sangue que resta no mundo, Wrath tem contas a ajustar com os matadores que lhe levaram os pais, séculos atrás. Mas quando um dos seus mais estimados combatentes é assassinado - deixando órfã uma filha meio-sangue desconhecedora da sua herança e do seu destino - Wrath tem de tratar do acolhimento da bela fêmea no mundo dos não-mortos.
Transformada por uma inquietude no seu corpo que não conhecia, Beth Randall não tem defesas contra o homem perigosamente excitante que vem visitá-la durante a noite, com os olhos encobertos. As suas histórias de irmandade e sangue assustam-na. Mas o seu toque acende uma fonte crescente que ameaça consumir ambos.
Confesso que este livro veio mesmo a calhar após algumas leituras mais "pesadas".
Foi o meu primeiro contacto com o mundo dos vampiros e adorei. Simplesmente devorei o livro, gostei muito da escrita da autora. Uma experiência a repetir em breve, muito em breve.
Classificação: 8/10

 

 

publicado por wandinha às 22:38

Richard Zimler

 

 

 

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 368
Editor: Oceanos
ISBN: 9789892305837
Sinopse

Um romance policial arrepiante e soberbamente escrito passado no gueto judaico de Varsóvia. Narrado por um homem que por todas as razões devia estar morto e que pode estar a mentir sobre a sua identidade… No Outono de 1940, os nazis encerraram quatrocentos mil judeus numa pequena área da capital da Polónia, criando uma ilha urbana cortada do mundo exterior. Erik Cohen, um velho psiquiatra, é forçado a mudar-se para um minúsculo apartamento com a sobrinha e o seu adorado sobrinho-neto de nove anos, Adam.

Num dia de frio cortante, Adam desaparece. Na manhã seguinte, o seu corpo é descoberto na vedação de arame farpado que rodeia o gueto. Uma das pernas do rapaz foi cortada e um pequeno pedaço de cordel deixado na sua boca. Por que razão terá o cadáver sido profanado? Erik luta contra a sua raiva avassaladora e o seu desespero jurando descobrir o assassino do sobrinho para vingar a sua morte. Um amigo de infância, Izzy, cuja coragem e sentido de humor impedem Erik de perder a confiança, junta-se-lhe nessa busca perigosa e desesperada. Em breve outro cadáver aparece - desta vez o de uma rapariga, a quem foi cortada uma das mãos. As provas começam a apontar para um traidor judeu que atrai crianças para a morte. Neste thriller histórico profundamente comovente e sombrio, Erik e Izzy levam o leitor até aos recantos mais proibidos de Varsóvia e aos mais heróicos recantos do coração humano.
Apesar de achar que este livro de romance policial tem pouco, não deixa de valer imenso a pena lê-lo. Uma história comovente que nos descreve um gueto judaico de Varsóvia. Uma narrativa passada durante a Segunda Guerra Mundial sobre os judeus que sobreviveram ao Holocausto.
Uma obra para ler e aprender.
Classificação: 7/10
publicado por wandinha às 22:20

07
Fev 10

 

Khaled Hosseini

 

Edição/reimpressão: 2008
Páginas: 324
Editor: Editorial Presença
Sinopse
 
Há livros que se enquadram na categoria de verdadeiros fenómenos literários, livros que caem na preferência do público e que são votados ao sucesso ainda antes da sua publicação. Há já algum tempo que se ouvia falar de Mil Sóis Resplandecentes, do afegão Khaled Hosseini, depois da sua fulgurante estreia com O Menino de Cabul, traduzido em trinta países e agora com adaptação cinematográfica em Portugal.
 
A verdade é que assim que as primeiras cópias de Mil Sóis Resplandecentes foram colocadas à venda, o romance liderou o primeiro lugar nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Holanda, Itália, Noruega, Nova-Zelândia e África do Sul, estando igualmente muito bem classificado no Brasil e em França. A própria Amazon americana afirmou que há muito tempo não tinha visto um entusiasmo tão grande a propósito de um livro. Devido ao elevado número de encomendas, nos Estados Unidos, foram realizadas cinco reedições ainda antes do livro chegar às livrarias e na primeira semana após a publicação, já tinham sido registadas um milhão de cópias em circulação. É pois um caso verdadeiramente arrebatador que combina preferências populares potenciadas pelo efeito de passa-palavra às melhores críticas internacionais.
 
Confirmando o talento de um grande narrador, Mil Sóis Resplandecentes passa em revista os últimos trinta anos no Afeganistão através da comovente história de duas mulheres afegãs casadas com o mesmo homem, unidas pela amizade e pela dor proveniente dos abusos que lhes são infligidos, dentro e fora de casa, em nome do machismo e da violência política vigente durante o regime taliban, mas separadas pela idade e pelas aspirações de vida. Um livro revelador, que aborda as relações humanas e as reforça perante reacções de poder excessivo e impunidade.
 

Sem dúvida, uma história comovente de duas mulheres afegãs que lutam com coragem pela sobrevivência no cenário impiedoso do próprio Afeganistão.

A par da história pessoal destas duas mulheres, Hosseini não esquece de abordar as mudanças políticas no país, a retirada dos soviéticos e a tomada de poder pelos talibãs.

Um romance pleno de sensibilidade que nos toca profundamente.

Classificação: 8/10

 

Obrigada Melrita pela partilha!


 


Doris Lessing

 

Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 432
Editor: Editorial Presença
 
Sinopse
 

Anunciado dia 11 de Outubro de 2007 pela Academia Sueca, o Prémio Nobel da Literatura galardoou Doris Lessing, autora britânica de 87 anos. A Editorial Presença irá publicou O Sonho Mais Doce, um romance de 2001, com tradução de Fernanda Pinto Rodrigues. Geralmente concedido a elementos do sexo masculino, Doris Lessing foi uma revelação tornando-se a décima primeira mulher a receber o prémio contra cento e cinco homens já laureados. Escritora incansável, Lessing evidencia-se pela limpidez narrativa e por um genial tratamento das personagens, lugares e situações. "Foi pioneira na criação de uma consciência feminista na literatura, tem uma atitude de observação do mundo interior e do mundo real", refere Hélder Macedo escritor e amigo pessoal da autora. Considerado o maior prémio no mundo das letras foi justamente atribuído a uma grande senhora cujo talento encanta pela inovação e sentido de humanidade.

 

Em O Sonho Mais Doce, o leitor é conduzido por uma saga familiar que atravessa três gerações, centrando-se o enredo, sobretudo, na década de 60, altura em que a casa de Júlia Lennox alberga uma grande quantidade de jovens, personificando o espírito de liberdade prevalecente na Inglaterra de então. Recuando até 1914, a autora apresenta-nos Philip Lennox e a sua noiva Júlia, tendo como pano de fundo a I Guerra Mundial. Do casamento entre ambos nasce um filho Johnny, que se tornará um comunista muito activo. No limiar da II Grande Guerra Johnny apaixona-se por Frances, camarada do partido. Frances e os dois fiilhos que nascem desta união, abandonados por Johnny, vão morar com Júlia, entretanto já viúva. Já na década de 60, Sylvia, fruto de uma ligação amorosa de Johnny, também encontra refúgio em casa de Júlia. Sylvia sofre de anorexia mas apesar da doença consegue formar-se em medicina e depois de uma temporada em África regressa a Londres com dois jovens órfãos. Um retrato de três mulheres-coragem - Júlia, Frances e Sylvia - que aborda temas característicos de várias épocas como a guerra fria, a guerra do Vietname, as drogas, o surgimento da Sida em África, a anorexia e a depressão, entre outras.

 

Um livro interessante, principalmente pelos temas abordados. Achei a escrita da autora densa e por vezes um pouco cansativa. Houve partes do livro que se tornaram bastante aborrecidas. A leitura não fluiu com muita facilidade,e a sensação que tive foi, apesar de ter gostado do livro de uma forma geral, de que nunca mais chegava ao fim.

 

Classificação: 5/10

 

Obrigada Melrita pela partilha!

 

 


26
Jan 10

 

Edição/reimpressão: 2006
Páginas: 304
Editor: Bertrand Editora
 

E se alguém lhe dissesse que ia morrer?

Nova Iorque, terraço do Empire State Building, 23:
"- Nathan, repara no rapaz do anoraque laranja.
- Caramba, Garrett, porque é que devo olhar para ele?
- Porque ele vai morrer.
Em menos de um minuto, o adolescente dá um tiro na cabeça".

É assim que Nathan Del Amico, um brilhante advogado nova-iorquino, descobre o estranho dom de Garrett Goodrich. Quem é Garrett Goodrich? Um reputado cancerologista, director de um importante centro de cuidados paliativos. Não parece ser um iluminado, mas diz-se capaz de prever a morte. Diz ter "uma missão": acompanhar aqueles que vão morrer até às fronteiras do outro mundo, para que deixem a vida em paz consigo mesmos. Perturbado, Nathan compreende que Garrett entrou em contacto com ele para o preparar a morrer. Numa corrida contra o tempo, Nathan tenta reparar os seus erros passados. Mas será que podemos, no espaço de alguns dias, reconstruir toda uma vida? Guillaume Musso apresenta-nos um romance denso, mágico, envolvente, que aborda temas graves com uma leveza surpreendente. Verdadeiro hino à vida, é ainda uma formidável história de amor entre um homem preso no turbilhão da ascensão social, a mulher que ele quer reconquistar e uma filha por quem tem de viver a vida dela forma mais intensa possível.; Assistimos ao nascimento de um estilo Musso, onde revemos a emoção de um Marc Lévy, a capacidade de encenação de uma Patricia Cornwell e uma intriga com ecos de Sexto Sentido...

 

Um livro perpassado pela vertigem do desconhecido, que narra uma comovente história de amor e de suspense e consagra o nascimento de um "estilo Musso", onde se misturam emoção e mistério no limiar da mais essencial das perguntas: por que estamos nós aqui?

 

8/10 - Muito bom

 

 

Obrigada Melrita pelo empréstimo!

 


07
Jan 10

 

Edição/reimpressão: 2008
Páginas: 288
Editor: Porto Editora
 

Às vezes a vida aperta tanto que não nos deixa respirar.

 

Sinopse
Num cenário de subúrbio, onde a noite reclama o seu território e os fantasmas reivindicam o seu espaço, um taxista viúvo que não consegue superar a perda da mulher, um médico desiludido, uma cientista anciã e uma belíssima prostituta africana sedenta de vida cruzam os seus caminhos, para nos obsequiarem com uma visita guiada ao mundo vertiginoso e convulso que cada um encerra dentro de si.

Mas esta não é uma história de horrores, é antes uma fábula de sobreviventes, de quatro personagens que reúnem todos os elementos necessários para serem considerados uns desgraçados, que se movem nos mundos limítrofes à máfia, ao tráfico de mulheres brancas, e a universos virtuais como Second Life, mas que conseguem encontrar um apoio que lhes permite a remição e a saída das trevas que os mantinham prisioneiros.

Uma intensa e hipnótica história de esperança que deambula entre o humor e a emoção e nos mergulha na sociedade caótica dos nossos dias. Uma história que pode ser a de qualquer um de nós.
 

 

Obrigada Positivamente pela partilha!

 

Impressionou-me a forma como Rosa Montero mergulha na obscuridade profunda da mente das principais personagens deste livro, de uma forma simples e ao mesmo tempo complexa e de uma forma séria com um sbtil sentido de humor. Apesar de não ter encontrado as instruções para salvar o mundo achei-o muito bom.

 

Classificação: 7/10

 

publicado por wandinha às 23:51

01
Jan 10

Kazuo Ishiguro

 

Edição/reimpressão: 2005
Páginas: 332
Editor: Gradiva Publicações
 
Sinopse
Kazuo Ishiguro foi elogiado no Sunday Times por «ampliar as possibilidades da ficção». Em "Nunca Me Deixes", que se encontra certamente entre as suas melhores obras, conta-nos uma extraordinária história de amor, perda e verdades escondidas.
Kathy, Ruth e Tommy cresceram em Hailsham – um colégio interno idílico situado algures na província inglesa. Foram educados com esmero, cuidadosamente protegidos do mundo exterior e levados a crer que eram especiais. Mas o que os espera para além dos muros de Hailsham? Qual é, de facto, a sua razão de ser?
Só vários anos mais tarde, Kathy, agora uma jovem mulher de 31 anos, se permite ceder aos apelos da memória. O que se segue é a perturbadora história de como Kathy, Ruth e Tommy enfrentam aos poucos a verdade sobre uma infância aparentemente feliz — e sobre o futuro que lhes está destinado.
Nunca Me Deixes é um romance profundamente comovedor, atravessado por uma percepção singular da fragilidade da vida humana.
 
OPINIÃO:
 
O que mais me cativou neste livro foi o desenrolar lento dos acontecimentos, criando ao longo da leitura uma crescente expectativa de ler continuadamente, até perceber o enredo da história, e só no final o nó ser desatado.
A narrativa é concentrada nos pormenores, a escrita é simples mas tocante.
Gostei desta minha primeira abordagem a este autor, ao qual ficarei atenta para próximas leituras.
 

Obrigada Tuanita pelo empréstimo!

 

Classificação: 7/10

 

 

Kazuo Ishiguro nasceu em Nagasaki em 1954, mas em 1960 foi levado para Inglaterra, onde os pais o educaram na expectativa de regressar ao Japão. O regresso nunca teve lugar e Ishiguro tornou-se uma das vozes narrativas mais reconhecidas em Inglaterra, representante de uma literatura de fronteira entre diferentes culturas e gerações. Estudou na University of Kent e doutorou-se em escrita criativa, no curso fundado por Malcom Bradbury na University of East Anglia. Estreou-se na ficção através do conto, tendo publicado pela primeira vez em 1981 em Introduction 7: Stories by New Writers. Publicou o seu primeiro romance, A Pale View of Hills, em 1982, a que se seguiu em 1986 An Artist of the Floating World. Em 1989 foi-lhe atribuído o Booker Prize pelo romance The Remains of the Day, que mais tarde foi adaptado para cinema e divulgou internacionalmente a sua obra. Regressou ao romance em 1995 com The Unconsoled e em 2000 com When we were orphans. A Family Supper, © Kazuo Ishiguro, foi publicado na revista Esquire de Março de 1990.


29
Dez 09

Haruki Murakami

 

Edição/reimpressão: 2008
Páginas: 228
Editor: Casa das Letras
 
Sinopse
Por uma noite, Murakami leva-nos com ele através de uma Tóquio sombria, onírica, hipnótica. Um deslumbrante romance perpassado de uma singular atmosfera poética, na fronteira entre a realidade e o universo fantasmático, onde cada pormenor, olhado retrospectivamente, faz sentido.
Num bar, Mari encontra-se mergulhada num livro, enquanto bebe o seu chá e fuma cigarro atrás de cigarro. Às tantas, entra em cena um músico que a reconhece. Ao mesmo tempo, encerrada num quarto, Eri, a irmã de Mari, dorme com os punhos cerrados, sem saber que está a ser observada por alguém.
Em torno das duas irmãs desfilam personagens insólitas: uma prostituta chinesa vítima de agressão, a gerente de um hotel do amor, um técnico informático, uma empregada de limpeza em fuga. Sucedem-se acontecimentos bizarros: um aparelho de televisão que, de um momento para o outro, começa bruscamente a funcionar, um espelho que conserva os reflexos.
Em Tóquio, durante as horas de uma noite, vai desenrolar-se um estranho drama...
 
À medida que vou lendo mais livros deste autor confirmo a minha convicção de o eleger como um dos meus autores preferidos. Sem dúvida, acabou de se tornar oficial!
É impressionante, como é bela e suave a sua escrita, e quando chegamos quase às últimas páginas de After Dark, dámo-nos conta que toda a história se passa numa única noite, uma meia dúzia de horas descritas em 228 páginas, fantástico.
Escusado será dizer que adorei o livro, e que é totalmente recomendável.
 
 
Classificação: 8/10
 

Haruki Murakami foi recentemente galardoado com a Ordem das Artes e Letras de Espanha, anúncio feito pelo ministro da cultura de Espanha.

Leia aqui a notícia publicada noThe Independent.

 

 

 

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15
Dez 09

Marc Levy

 

Edição/reimpressão: 2000
Páginas: 192
Editor: Editorial Presença
 
Sinopse
Arthur, um jovem arquitecto californiano, acaba de alugar uma nova casa em São Francisco. Os objectos ainda empacotados encontram-se empilhados pelo chão. Decide preparar um banho relaxante enquanto é embalado pelas doces melodias de Peggy Lee. Subitamente Arthur começa a ouvir o som do estalar de dedos a acompanhar a música da rádio. "Não pode ser verdade...é do cansaço" pensa Arthur, contudo o som continua e aumenta, cada vez mais claro e distinto. Segue o som até ao armário da casa-de-banho. Ao abrir a porta depara-se com uma mulher sentada que continua a estalar os dedos ao som da música. Confuso, Arthur pensa tratar-se de uma partida do seu amigo Paul e pede à mulher para deixar a sua casa. Espantada e ainda mais confusa que Arthur, ela pergunta-lhe "Está a ver-me?". Lauren conta-lhe então uma história inverossímil: médica de profissão era a anterior inquilina daquele apartamento quando sofreu um acidente de automóvel. Seis meses ainda se encontrava em coma no hospital onde costumava trabalhar. Durante todo esse tempo o seu espírito vagueou pelo seu apartamento, que agora a sua mãe, já com poucas esperanças de uma recuperação, tinha arrendado a Arthur. Era tudo demasiado estranho, mas...e se fosse verdade? Com base neste enredo nasce uma história de amor forte, delicada e comovente, cheia de situações de um humor desconcertante, e um imenso potencial para ser transformado em imagens.
 
 
Este é o primeiro livro que leio do autor, e recomendo! Trata-se de um romance divertido, que aborda alguns temas interessantes sobre a eutanásia, a vida e a morte. O final fica em aberto, e a continuação da história surge num novo livro do autor: "Voltar a encontrar-te", esta será certamente uma das minhas próximas leituras.
 
Classificação: 7/10
 
 

 

publicado por wandinha às 21:36

16
Nov 09

Sarah Addison Allen

 

Edição/reimpressão: 2008
Páginas: 270
Editor: Quinta Essência
 
Sinopse
 
Num jardim escondido por trás de uma tranquila casa na mais pequena das cidades, existe uma macieira e os rumores que circulam dão conta de que dá um tipo muito especial de fruto. Neste encantador romance, Sarah Addison Allen conta a história dessa árvore encantada e das extraordinárias pessoas que dela cuidam...

As mulheres da família Waverley são herdeiras de um legado mágico — o jardim familiar, famoso pela sua macieira, que produz frutos proféticos, e pelas suas flores comestíveis, imbuídas de poderes especiais que afectam quem quer que as coma.

Proprietária de uma empresa de catering, Claire Waverley prepara pratos com as suas plantas místicas — desde as chagas que ajudam a guardar segredos até às bocas-de-lobo destinadas a desencorajar intenções amorosas. Entretanto, a sua idosa prima Evanelle é conhecida por distribuir presentes inesperados cuja utilidade se torna mais tarde misteriosamente clara. São elas os últimos membros da família Waverley — com excepção da rebelde irmã de Claire, Sydney, que fugiu da cidade há muitos anos.

Quando Sydney regressa subitamente a Bascom com uma filha pequena, a tranquila vida de Claire sofre uma reviravolta, bem como a fronteira protectora que erigiu tão cuidadosamente em redor do seu coração. Juntas uma vez mais na casa onde cresceram, Sydney reflecte sobre tudo o que deixou para trás ao mesmo tempo que Claire se esforça por sarar as feridas do passado. E em pouco tempo as irmãs apercebem-se de que têm de lidar com o seu legado comum para viverem as alegrias do futuro que se anuncia.

Encantador e pungente, este fascinante romance irá, seguramente, enfeitiçar o leitor.

 

OPINIÃO:

 

Um livro de escrita simples, com uma história ternurenta e deliciosa.

Muito cativante.

O livro ideal para intercalar com outras leituras mais elaboradas, pela sua simplicidade e magia.

 

Classificação: 3/5

 


James Frey

 

Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 472
Editor: Editorial Presença
 
Sinopse

Inspirado no caso verídico de James Frey, Uma Vida Em Mil Pedaços é um relato impressionante de um caminho tortuoso pelo submundo do álcool e das drogas que levou ao limite da existência um jovem rapaz de vinte e três anos. Preso ao álcool desde os treze anos e à cocaína a partir dos vinte, James não cedeu à tentação do prazer imediato iniciando numa jornada solitária pelos trilhos da dependência. Uma opção que quase lhe custaria a vida, não fossem os pais a promoverem a sua reabilitação numa clínica de recuperação. E é precisamente o relato desse período que o livro trata, podendo o leitor assistir a seis semanas de alucinações, dores lancinantes e por fim às doze fases para atingir a cura. Começando por corrigir o nariz e implantar dentes a sangue frio, James terá de confrontar-se com os seus problemas interiores. Uma obra dura mas extremamente comovente que nos revela o lado obscuro da vida e nos concede esperança na possibilidade de recuperação.
 
OPINIÃO:
O objectivo do autor foi conseguido, transformar o modo como as pessoas vivem e pensam sobre um dos problemas que mais afectam a sociedade dos nossos dias: Alcoolismo e Toxidependência.
Pelo menos, a mim transformou.
Não tenho muitas palavras para definir o livro, a maior parte da leitura deixou-me simplesmente sem palavras.
Uma história perturbadora, comovente e principalmente cheia de esperança.
Muito bom, muito bom mesmo.
 
Classificação: 5/5
 

Obrigada zuzaa pela partilha!


03
Nov 09

Fabio Volo

 

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 224
Editor: Editorial Presença
 
Sinopse
 
Durante cerca de dois meses, Giacomo e Michela encontram-se todos os dias de manhã no eléctrico, a caminho do trabalho. Não se falam, apenas trocam olhares, mas para Giacomo esse momento transforma-se rapidamente no mais importante do dia. Até que uma manhã, sem que nada o previsse, Michela aborda-o e convida-o para tomar café, somente para lhe dizer que vai partir para Nova Iorque e não se vão voltar a ver. Mas quanto tempo resistirá Giacomo a correr atrás de um sonho? Um romance que reflecte sobre os desafios do amor, da amizade e dos sonhos, e que se tornou um bestseller em Itália.

 

OPINIÃO:

Um livro agradável de se ler, leve e de escrita acessível. A história torna-se bastante cativante acabando por nos prender a cada página, com a vontade de saber que volta irá dar a vida de Giacomo e Michela. Gostei.

 

Classificação: 3/5

 

 

Está a decorrer um Bookring deste livro no BookCrossing:

 

 

O Dia que Faltava - Fabio Volo

publicado por wandinha às 21:47

29
Out 09

Juliet Marillier

 

Edição/reimpressão: 2008
Páginas: 336
Editor: Bertrand Editora
 
Sinopse
Este livro da autora é inspirado no conto de fadas As Doze Princesas Bailarinas. É a história de cinco irmãs intrépitas, em luta com quatro criaturas sinistras, três misteriosos presentes mágicos, dois amantes proibidos e um sapo enfeitiçado. Há muitos mistérios na floresta. Jena e as suas irmãs partilham o maior de todos, um segredo fantástico que lhes permite escapar à vida diária nos campos da Transilvânia, e que mantiveram escondido durante nove anos. Quando o seu pai adoece e tem de abandonar o seu lar na floresta durante o Inverno, Jena e a sua irmã mais velha, Tati, ficam encarregues de cuidar da casa e das outras irmãs. O surgimento de uma misteriosa jovem de casaco preto faz nascer o amor numa das irmãs e, subitamente, Jena apercebe-se que tem de lutar para salvar aqueles que lhe são mais queridos. Acompanhada por Gogu , Jena tem de enfrentar grandes perigos para preservar não só as pessoas que ama, como também a sua própria independência e a da família.
 
OPINIÃO:
 
Já há bastante tempo que tinha vontade de começar a ler esta autora, e ainda bem que o fiz finalmente.
Danças na Floresta é um livro ternurento que nos convida a entrar num mundo de fantasia e magia para o qual mal podemos esperar por voltar quando o dever nos obriga a regressar à realidade. Um livro para ler e reler sempre que a necessidade de um pouco de leveza se faça sentir no nosso dia-a-dia.

  

 

Juliet Marillier nasceu em 1948, Dunedin, na Nova Zelândia, uma cidade com fortes tradições escocesas que a influenciaram profundamente. Licenciou-se com distinção em Linguística e Música na Universidade de Otago e tem tido uma carreira variada que inclui o ensino, a interpretação musical e o trabalho em agências governamentais.

 

 


É a autora da internacionalmente famosa trilogia Sevenwaters, composta por A Filha da Floresta, O Filho das Sombras e A Filha da Profecia, que ganharam vários prémios internacionais.

 

Classificação: 4/5

 

 

Obrigada CrystalMars pelo empréstimo!


26
Out 09

Karen Marie Moning

 

Edição/reimpressão: 2008
Páginas: 320
Editor: Saída de Emergência
 
Sinopse
Exausta do trabalho e saturada do quotidiano, Gwen Cassidy decide marcar uma viagem à Europa. O destino escolhido são as verdes Highlands da Escócia. Mas a esperança de encontrar o homem dos seus sonhos desvanece quando percebe que a sua fantástica viagem é afinal uma excursão de idosos. Frustrada, decide deambular sozinha pelas colinas de Loch Ness, onde acaba por escorregar e cair numa caverna há muito abandonada.

Nessa caverna, jaz Drustan Mackeltar, um lorde escocês adormecido por um feitiço há quinhentos anos, que começa a desenvolver um sentimento controverso pela fascinante personalidade de Gwen. Irreverente e impulsiva, ela não é nada como as mulheres que se cruzaram na sua vida. Será ela uma mulher à altura de um lorde como Drustan?

 

OPINIÃO:

Um romance com bastante fantasia e bem divertido! É o primeiro livro que leio da autora e gostei muito!! Vou seguir os próximos com certeza. A escrita de Karen Marie Moning é bastante parecida com a de Sherrilyn Kenyon.

A curiosidade ficou bem aguçada para conhecer a continuidade da história no livro seguinte, O Highlander Negro.


O Beijo do Highlander é o Livro 4 da Colecção Highlander, o 1º lançado em Portugal.

 

Classificação: 4/5

 

 


21
Out 09

Aravind Adiga

 

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 248
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722341004
 
Sinopse
O Tigre Branco arrebatou por unanimidade o Man Prémio Booker Prize de 2008, um dos mais prestigiados galardões literários a nível mundial. Ainda antes da sua nomeação para o prémio, O Tigre Branco era já apontado como um dos melhores romances do ano e Aravinda Adiga como uma grande revelação e um extraordinário romancista. A shortlist para o Booker era composta por candidatos muito fortes, muito embora O Tigre Branco tenha conquistado o júri a uma só voz. Romance de estreia, entrou de imediato nas preferências dos críticos, que o classificaram como "uma estreia brilhante e extraordinária". O livro revela uma Índia ainda muito pouco explorada pela ficção, a Índia negra, violenta e exuberante das desigualdades socioculturais. Toda a obra é uma longa carta dirigida ao Primeiro-Ministro chinês, escrita ao longo de sete noites. O autor da carta apresenta-se como o tigre branco do título, e auto-denomina-se um "empreendedor social". Descrevendo a sua notável ascensão de pobre aldeão a empresário e empreendedor social, o autor da carta, Balram, acaba por fazer uma denúncia mordaz das injustiças e peculiaridades da sociedade indiana. Fica assim feito o retrato de uma sociedade brutal, impiedosa, em que as injustiças se perpetuam geração após geração, como uma ladainha que se entoa incessantemente ao ritmo de uma roda de orações. São muito poucos os animais que conseguem abrir um buraco na vedação e escapar ao destino do cárcere eterno. O Tigre Branco é um deles.
 

 

 

OPINIÃO:

Este livro é uma profunda crítica às desigualdades sociais e económicas que se vivem na Índia.

A história nasce de cartas que um pobre criado indiano, Balram,  que se tornou num empresário que ascendou socialmente, envia ao Primeiro-Ministro chinês, Wen Jiabao. Nelas fala da pobreza extrema, da luta e o fosso entre classes e castas, da corrupção, das tradições e das diferenças culturais.

É um livro carregado de ironia e sarcasmo que despe a realidade, mostrando uma Índia que não conhecemos.

O livro superou todas as minhas expectativas, extremamente bem escrito, de uma forma dura, cruel e directa e principalmente realista.

Completamente recomendável.

Classificação: 5/5

 

 

 


12
Out 09

Marion Zimmer Bradley

 

Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 320
Editor: Difel

 

OPINIÃO:

 

A Senhora da Magia, o primeiro dos quatro volumes da saga "As Brumas de Avalon", inicia a história sobre a lenda do Rei Artur do ponto de vista das mulheres que tiveram um papel importante na sua vida.

 

Neste primeiro volume começamos por conhecer a vida Igraine, mãe de Morgaine, meia-irmã de Arthur e que se tornará a Sacerdotisa de Avalon. Conhecemos figuras lendárias como Uther Pendagron, Merlin e Vivianne "Dama do Lago", juntos concebem um plano que visa salvar a Bretanha.

 

Um romance simplesmente apaixonante, a história de uma lenda com uma mistura de verdade e fantasia, de mitos e rituais mágicos. O tempo em que os mundos estavam ligados, o cristão e o celta, a misteriosa Ilha de Avalon, guardiã dos grandes mistérios eternos e sagrados.

Estou apaixonada por esta obra e com imensa vontade de ler os restantes volumes.

A religião celta e a época pré-cristã sempre me cativaram bastante.

 

 

"A verdade tem muitas faces e

a verdade é como a velha

estrada para Avalon: depende

da nossa própria vontade e

dos nossos pensamentos..."

 

 

Curiosidades:

Ilha de Avalon

 

Classificação: 5/5

 


01
Out 09

Marion Zimmer Bradley

 

Finalmente comecei a ler o primeiro dos quatro volumes desta saga. As expectativas são grandes, em breve darei a minha opinião. Para já estou a gostar bastante, pois é bem o meu estilo de leitura, mas ainda estou nos primeiros capítulos.

 

Sinopse:

 

As Brumas de Avalon é um dos mais fantásticos épicos medievais alguma vez escrito, no qual Marion Zimmer Bradley recria as lendas arturianas, desta vez narrado através do olhar das mulheres que, por detrás do trono, governaram os próprios actos masculinos e foram as verdadeiras detentoras do poder.

 

 

Num universo paralelo à Grã-Bretanha celta, a enigmática ilha de Avalon é a guardiã dos grandes mistérios eternos e sagrados. E os que estão destinados a viver nos dois mundos são, passo a passo, confrontados com as antigas tradições ligadas à Natureza, e às suas forças obscuras, e à nova fé cristã que procura espalhar-se no território.

 

No centro de A Senhora da Magia, primeiro dos quatro volumes desta saga, está Morgaine, a meia-irmã de Arthur, que se encontra num processo de iniciação para se tornar Grã-Sacerdotisa de Avalon. O seu grande objectivo é afastar a Bretanha da nova religião que encara a mulher como portadora do pecado original, ao mesmo tempo que desenvolve todos os esforços para colocar o seu meio-irmão no poder, como símbolo e líder da Bretanha unificada, sob a égide de Avalon e da Espada Mágica, Excalibur.

 

Num ambiente verdadeiramente mágico de paganismo, cristianismo, rituais mágicos e visões, sensualidade e realidade, A Senhora da Magia introduz-nos no mundo lendário do Rei Arthur, dos Cavaleiros da Távola Redonda e das Cruzadas. É o olhar feminino sobre o tempo da busca da paz e da unificação da Bretanha: cheio de inesperadas cintilações e magias, repleto de penumbras, brumas e rituais femininos. Uma perspectiva alucinante e vertiginosa de uma época onde tudo era possível através dos poderes das mulheres.

 

Os restantes volumes:

 

As Brumas de Avalon II - A Rainha Suprema

 

As Brumas de Avalon III - O Rei Veado

 

As Brumas de Avalon IV - O Prisioneiro da árvore

 

 


28
Set 09

Hermann Hesse

 

Edição/reimpressão: 2001
Páginas: 156
Editor: Casa das Letras
 
Sinopse
Filho de um brâmane, desde cedo Siddhartha se destacou pela sua inteligência, a ponto de familiares e amigos lhe augurarem um futuro brilhante. Ele, no entanto, temendo pela salvação, parte, acompanhado pelo amigo Govinda, entretanto "refugiado junto do sábio Buda", ao encontro da paz espiritual.
 

Hermann Hesse (1877-1962) foi prémio Nobel da Literatura em 1946.

 

OPINIÃO:

Um livro relativamente pequeno, de linguagem simples mas cheio de significado que nos leva a reflectir nas nossas próprias vidas.

Siddhartha representa cada um de nós, em busca do seu caminho.

Entre as muitas mensagens que o livro transmite, uma delas marcou-me particularmente :  não se encontra aquilo que se procura, encontra-se o que se encontra.

 

 

Excerto:

 

"Olhou satisfeito para o rio, nunca a água lhe agradara tanto com esta, nunca compreendera tão clara e profundamente a voz e o significado alegórico da água que corre. Parecia-lhe que o rio tinha algo especial para lhe dizer, algo que ele ainda não sabia, que ainda o aguaradava.
 Olhou afectuosamente para a água, para o seu verde translúcido, para as linhas cristalinas dos seus contornos cheios de segredos. Viu pérolas cintilantes emergirem do fundo, bolhas de ar flutuando serenamente no espelho de água, reflectindo o azul do céu. O rio olhava para ele com mil olhos, verdes, brancos, cristalinos, azuis celestes. Como ele amava esta água, como ela o fascinava, quão agradecido lhe estava! Ouvia a voz falar-lhe no seu coração, desperta outra vez, dizendo-lhe:  Ama esta água! Fica junto a ela! Aprende com ela! Sim, ele queria aprender com ela, queria escutá-la. Parecia-lhe que quem compreendesse esta água e os seus segredos compreenderia muitas outras coisas, muitos segredos, todos os segredos.
 Mas hoje, dos segredos do rio ele via apenas um, um segredo que enchia a sua alma: aquela água corria continuamente, corria sempre mas estava sempre ali, para todo o sempre a mesma e, no entanto, a cada momento nova!"

 

Classificação: 3/5

 

 

publicado por wandinha às 14:36

04
Set 09

de Rajaa Al-Sanea

 

Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 320
Editor: Caderno
 
Sinopse
As Raparigas de Riade é uma história ficcionada sobre os amores, sonhos, desilusões de quatro jovens muçulmanas que nos mostra como é a vida "por detrás do véu" das mulheres sauditas. A história é desvendada sobre a forma de e-mails semanais de uma narradora feminina anónima para um público internauta de um grupo de chat. Durante um ano, acompanhamos as vidas de Qamara, Michelle, Sadim e Lamis, na luta pelo amor, pelo sucesso profissional e pela sua rebeldia às tradições ancestrais: Sadim vê-se confrontada com o fim do seu casamento fugaz, pois entre o espaço que medeia o casamento no registo e a oficialização religiosa, cedeu em entregar-se ao marido, o que foi entendido como uma ousadia, nada digna de uma mulher muçulmana. Qamara descobre pouco tempo após o seu casamento, que o desdém de Rajid advém de uma relação que mantém há anos com uma japonesa. O namorado de Michelle abandona-a porque a mãe dela é americana e cede à vontade da família em casar-se com a prima a quem estava prometido. Só Lamis encontra o verdadeiro amor, apenas porque não fechou os olhos aos trâmites sociais.

Considerado a versão árabe de O Sexo e a Cidade, banido no seu país de origem, a publicação deste livro levantou críticas e vozes de apoio numa sociedade assente em regras sociais muito rígidas, onde as mulheres ainda são segregadas, que luta entre o respeito pelos valores tradicionais e o desejo de se tornar uma voz válida e independente.

 

Críticas de imprensa

« Uma escrita plena de leveza, de humor até, mas sempre, também, de uma grande densidade psicológica. Uma obra magnífica.»

 

R.da S., JL

 

OPINIÃO:

Um livro que levanta o véu de uma cultura tão distante da nossa, que nos faz pensar e dar valor à nossa própria liberdade na condição de MULHER. Gostei do livro, apesar de ter uma escrita leve mas muito realista.

Classificação: 3/5

 

 

publicado por wandinha às 01:11

31
Ago 09

Arthur Golden

 

Edição/reimpressão: 1999
Páginas: 488
Editor: Editorial Presença
 
Sinopse
Quioto, anos 30. Sayuri tem olhos cor de espelho e é uma das mais famosas gueixas do Japão. Acompanha cidadãos japoneses abastados, enverga deslumbrantes quimonos de seda mas tem de pagar pela sua própria liberdade até conhecer um danna que a sustente e pague todas as suas despesas. Na sua vida, tal como na de todas as gueixas, não há lugar para o amor, mas Sayuri apaixona-se... Um romance ímpar e contagiante que demorou dez anos a escrever. Um bestseller internacional adaptado a um filme dirigido por Steven Spielberg!

 

OPINIÃO:

Um livro simplesmente fantástico. Um romance incrível que nos mostra uma parte da cultura fascinante do Japão. eu sou suspeita em relação a este livro, pois sou apaixonada pelo Japão e tudo o que lhe diz respeito. No final do livro tive de ver imediatamente o filme, para traduzir todas as palavras em imagens da pequena Chiyo, personagem central de toda a história. Recomendo vivamente a leitura!

CLASSIFICAÇÃO: 5/5

 

 


Haruki Murakami

 

Edição/reimpressão: 2005
Páginas: 238
Editor: Casa das Letras
 
Sinopse

Narrativa on the road, ensaio sobre o desejo humano e especulação sobre o destino, o livro de Haruki Murakami é um exuberante exemplo da arte de um dos mais importantes escritores do Japão contemporâneo.

 
Excerto
"Na Primavera dos seus vinte e dois anos, Sumire apaixonou-se pela primeira vez na vida. Foi um amor intenso como um tornado abatendo-se sobre uma planície - capaz de tudo arrasar à sua passagem, atirando com todas as coisas ao ar no seu turbilhão, fazendo-as em pequenos pedaços, esmagando-as por completo. (...) A pessoa por quem Sumire se apaixonou, além de ser casada, tinha mais dezassete anos do que ela. E, devo acrescentar, era uma mulher (...) Foi a partir daqui que tudo começou, e foi a partir daqui que (quase) tudo acabou."

 

Críticas de imprensa

«Um belo romance, leve como uma pena... Um livro cativante escrito por um dos mais interessantes autores do mundo.»
Sunday Herald

 

Opinião:

Depois de ter começado pelo fantástico livro do autor "Kafka à beira-mar" confesso que esperava mais deste livro, achei-o simples e leve, talvez até demais. Mas a leitura deste autor é sempre recomendável, pela beleza da sua escrita. A curiosidade de continuar a conhecer outros livros de Murakami mantem-se.

Classificação: 3/5

 

 


30
Jul 09

 Há viagens sem regresso nem repetição

 
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 128
Editor: Oficina do Livro
ISBN: 9789895554645
 

"Na verdade, o deserto não existe: se tudo à sua volta deixa de existir e de ter sentido, só resta o nada. E o nada é o nada: conforme se olha, é a ausência de tudo, ou, pelo contrário, o absoluto. Não há cidades, não há mar, não há rios, não há sequer árvores ou animais. Não há música, nem ruído, nem som algum, excepto o do vento de areia quando se vai levantando aos poucos - e esse é assustador."

 

 

"Tudo o que se diz de desnecessário é estúpido, é um sinal destes tempos estúpidos em que falamos mais do que entendemos. No deserto, não há muito a dizer: o olhar cega e impõe o silêncio."

 

 

"Aprendi que é preciso dar tempo aos outros para olharem."

 

 

"Todos têm terror do silêncio e da solidão e vivem a bombardear-se de telefonemas, mensagens escritas, mails e contactos no Facebook e nas redes sociais da Net, onde se oferecem como amigos a quem nunca viram na vida. Em vez do silêncio, falam sem cessar; em vez de se encontrarem, contactam-se, para não perder tempo; em vez de se descobrirem, expôem-se logo por inteiro: fotografias deles e dos filhos, das férias na neve e das festas de amigos em casa, a biografia das suas vidas, com amores antigos e actuais. E todos são bonitos, jovens, divertidos, "leves", disponíveis, sensíveis e interessantes. E por isso é que vivem esta estranha vida: porque, muito embora julguem poder ter o mundo aos pés, não aguentam nem um dia de solidão. Eis porque já não há ninguém para atravessar o deserto. Ninguém capaz de enfrentar toda aquela solidão."

 

Miguel Sousa Tavares, «No teu deserto»

 

 

 

 

"No teu deserto" tem 128 páginas e, segundo o escritor, é "quase um diário de viagem" ou "quase um romance de amor". Foi um livro que escreveu ao longo de ano e meio, "essencialmente pelo muito prazer de escrever", e que lhe causou menos sofrimento do que a escrita dos livros anteriores.

 

Trata-se de um curto relato de uma viagem que o autor, assumindo-se como narrador durante a maior parte da história, fez ao norte de África, tendo como companhia uma mulher que, até então, era uma desconhecida para ele. Passados vinte anos, um melancólico e saudoso Sousa Tavares recupera os detalhes daqueles dias como um tributo a essa jovem mulher (que entretanto morreu), devolvendo-lhe, através da escrita, a memória da sua existência e a do "deserto" que os uniu.

 

OPINIÃO:

 

É um livro que se lê rapidamente e sem esforço. Em alguns momentos senti que podia haver um maior desenvolvimento, tanto a nível da descrição de paisagens, situações, lugares, e até de diálogos, mas isso depende sempre das expectativas de cada um.

Gostaria que o "quase romance" de MST se tornasse num "romance" e nos brindasse com mais detalhes desta história simples e envolvente.

Apesar de tudo isso adorei o livro.

 

CLASSIFICAÇÃO: 4/5


24
Jul 09

Amante de Sonho de Sherrilyn Kenyon

 
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 288
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789898032539

 

 

Sinopse
Grace Alexander, uma bonita terapeuta sexual de Nova Orleães, julgava estar destinada a uma vida sem paixão. Até ao dia em que a amiga Selena a convence de que, por artes mágicas, poderá convocar um escravo de amor durante um mês. Certa de que a magia da amiga irá falhar, Grace deixa-se levar pela brincadeira. Mas…
 

  Sherrilyn Kenyon

 

A escritora norte-americana Sherrilyn Kenyon é uma das fundadoras do género do romance paranormal e conhecida pela sua aclamada série Predador da Noite, sobre guerreiros imortais. Publicada em mais de trinta países, e com milhões de cópias vendidas, os seus livros têm presença garantida nos topos de vendas do New York Times, Publishers Weekly e USA Today. Uma autora de culto a nível internacional, escreve também romances históricos com elementos paranormais sob o pseudónimo Kinley MacGregor.

 

Sherrilyn Kenyon vive em Nashville, Tennessee, com o marido, três filhos e os animais de estimação.

 

Trata-se do 1º volume da saga do Predador da Noite.

 

Leia aqui um excerto do livro.

 

OPINIÃO:

 

Apesar de não ser grande apreciadora de livros de fantasia, a autora surpreendeu-me pela positiva com a sua incrível capacidade de transmitir as emoções através da sua escrita.

Um livro cheio de sensualidade e erotismo.

Um excelente romance, para quem apreciar.

Pessoalmente fico a aguardar os restantes livros da série Predador da Noite, uma vez que este é o primeiro.

 

CLASSIFICAÇÃO: 3/5

 

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Edição/reimpressão: 2006
Páginas: 590
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724616469
 
Sinopse
Kafka à Beira-Mar narra as aventuras (e desventuras) de duas estranhas personagens, cujas vidas, correndo lado a lado ao longo do romance, acabarão por revelar-se repletas de enigmas e carregadas de mistério. São elas Kafka Tamura, que foge de casa aos 15 anos, perseguido pela sombra da negra profecia que um dia lhe foi lançada pelo pai, e de Nakata, um homem já idoso que nunca recupera de um estranho acidente de que foi vítima quando jovem, que tem dedicado boa parte da sua vida a uma causa - procurar gatos desaparecidos.
Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima como a do assassino permanecerão um mistério.
Trata-se, no caso, de uma clássica (e extravagante) história de demanda e, simultaneamente, de uma arrojada exploração de tabus, só possível graças ao enorme talento de um dos maiores contadores de histórias do nosso tempo.
 
Excerto

"Sou livre. Fecho os olhos e penso com toda a minha força na minha nova condição, ainda que não esteja bem certo do que significa. Tudo o que sei é que estou completamente sozinho. Desterrado numa terra desconhecida, como um explorador solitário sem bússola nem mapa."

 

Críticas de imprensa

 

"Um romance de contornos pouco realistas, poético e simbólico. Puro, inocente, até, mas cativantemente enigmático e misterioso, narra o caminho de duas insólitas personagens de vidas paralelas, mas cheias de ligações, na procura dos seus destinos (...) Metáforas e notas de surrealismo tornam o texto imaginativo e intrigante e «uma a uma as palavrinhas vão directas ao meu coração e ficam lá gravadas»".

 

Mónica Maia, Abril de 2006

"Um dos melhores romances de Murakami." (Newsweek)

"Kafka à Beira-Mar é vivamente recomendado; leia-o ao seu gato." (Washington Post)

 

Haruki Murakami

 

Haruki Murakami, de quem a Casa das Letras editou Kafka à Beira-Mar (com mais de 15 mil exemplares vendidos) e Sputnik, Meu Amor  é um dos escritores japoneses contemporâneos mais divulgados em todo o mundo sendo, simultaneamente, aplaudido pela crítica, que o considera um dos «grandes romancistas vivos» (The Guardian) e a «mais peculiar e sedutora voz da moderna ficção» (Los Angeles Times).

Nasceu em Quioto, em 1949. Estudou teatro grego antes de gerir um bar de jazz em Tóquio, entre 1974 e 1981. Além de Sputnik, Meu Amo r, Kafka à Beira-Mar ,Dance, Dance, Dance

e A Wild Sheep Chase, que recebeu o Prémio Noma destinado a novos escritores (a editar brevemente pela Casa das Letras), Murakami é ainda autor, entre outros, deHard-boiled Wonderland and the End of the World (distinguido com o prestigiado Prémio Tanizaki) e, mais recentemente, deBlind Willow, Sleeping Woman , a sua terceira colectânea de contos, distinguida com o Frank O'Connor International Short Story Award.

 

OPINIÃO:

 

Estou completamente rendida à escrita deste autor. Haruki Murakini tem o dom de nos fazer pensar no sentido das suas palavras.

Não é um livro de fácil leitura porque não é um livro simples. É um livro de escrita elegante com um sentido poético elevadíssimo, mas cuja trama não se desenrola de forma clássica, mesmo chegado ao fim do livro, o leitor interroga-se mais do que se esclarece.

Aqui, fala-se de amizade,de refazer no futuro os nossos erros do passado, de procurar um sentido último, bem para além das convenções sociais, além de fazer uma descrição cuidada de muitos costumes do quotidiano do Japão.

 

CLASSIFICAÇÃO: 4/5

 

 

Man Asian Literary Prize 2007. 20 milhões de exemplares vendidos.
 
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 512
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724618425
 
Sinopse
É a década de 1960 e o intelectual Chen Zhen, de Pequim, oferece-se para viver numa remota zona nómada na estepe da Mongólia Interior. Aí, descobre uma sinergia muito antiga entre os nómadas, o seu gado e os lobos selvagens que vagueiam pelas planícies. Chen fica a conhecer a rica relação espiritual que existe entre estes adversários e aquilo que podem aprender uns com os outros.
Mas quando elementos da República Popular da China aparecem em grande número, vindos das cidades, para trazerem a modernidade e a produtividade à estepe, a paz da existência solitária de Chen é destruída e o equilíbrio delicado entre humanos e lobos desfaz-se. Só o tempo poderá dizer se o meio ambiente e a cultura da estepe irão recuperar alguma vez…
Uma descrição bela e comovente de uma terra e uma cultura que já não existem, A Hora do Lobo é também um retrato da China Moderna e uma visão fascinante da opinião que o país faz de si próprio, da sua história e da sua gente.
 
Críticas de imprensa
 

«O melhor livro asiático dos últimos anos. Iluminado, comovente, misterioso.»

Literary Review

 

«Um fascinante retrato de uma cultura que já não existe. Um fenómeno literário sem precedentes.»

Independent

 

«Vencedor do Man Asian Literary Prize de 2007, A Hora do Lobo é um fenómeno literário na China, trazendo um vivido retrato da cultura, da espiritualidade, da ética e do estilo de vida dos últimos nómadas da Mongólia Interior.»

Los Angeles Times

 

 

 

Jiang Rong

 

Jiang Rong nasceu em Jiangsu, em 1946. Em 1966 ingressou na Academia das Belas-Artes de Pequim, mas teve de interromper os seus estudos devido à Revolução Cultural. Aos 21 anos, ofereceu-se como voluntário para trabalhar na Mongólia Interior, onde viveu com os nómadas nativos durante 12 anos. Durante esse tempo, aprofundou os seus estudos sobre a história, a cultura e as tradições da Mongólia, desenvolvendo um fascínio particular pela mitologia ligada aos lobos das estepes.
Em 1978 voltou para Pequim onde se formou em Ciências Sociais. Jiang trabalhou como professor universitário até se reformar, em 2006.
A Hora do Lobo é um relato ficcional de uma vida na década de 1970 que se baseia na experiência pessoal de Jiang nas estepes da região fronteiriça da China.

 

CLASSIFICAÇÃO: 4/5

 


A Insustentável Leveza do Ser de Milan Kundera
 
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 368
Editor: Dom Quixote
ISBN: 9789722000024
Colecção: Ficção Universal
 
Sinopse
A Insustentável Leveza do Ser é seguramente um dos romances míticos do século XX, uma daquelas obras raras que alteram o modo como toda uma geração observa o mundo que a rodeia.
 
Sobre o livro, Italo Calvino escreveu:
"O peso da vida, para Kundera, está em toda a forma de opressão. O romance mostra-nos como, na vida, tudo aquilo que escolhemos e apreciamos pela leveza acaba bem cedo se revelando de um peso insustentável. Apenas, talvez, a vivacidade e a mobilidade da inteligência escapam à condenação -- as qualidades de que se compõe o romance e que pertencem a um universo que não é mais aquele do viver"
 

Alguns momentos da obra:

 

 

"...Enquanto as pessoas são novas e as partituras musicais das suas vidas ainda só vão nos primeiros compassos, podem compô-las em conjunto e até trocarem temas (como Tomas e Sabina trocaram o tema do chapeu de coco). Porém, quando se conhecem numa idade mais madura, as suas partituras musicais já estão mais ou menos acabadas e cada palavra, cada objecto, tem um significado diferente na partitura de cada uma..."

 

 

"Para Sabina, viver significa ver. A visão encontra-se limitada por duas fronteiras: Uma luz de tal modo intensa que nos cega e uma obscuridade total. Talvez seja daí que lhe vem a repugnância por todos os extremismos. Os extremos marcam a fronteira para lá da qual não há vida, e, tanto em arte como em política, a paixão do extremismo é um desejo de morte disfarçado."

 

 

"... Franz é forte, mas a força dele está unicamente voltada para fora. Com as pessoas com quem vive, com aqueles que ama, é muito fraco. A fraqueza de Franz chama-se bondade. [...] Então perguntou a Franz: 'E porque é que de tempos a tempos não te serves da tua força contra mim?
- Porque amar é renunciar à força', disse Franz, com doçura.
Sabina percebeu duas coisas: primeiro, que aquela frase era bela e verdadeira; segundo, que, com aquela frase, Frans acabara de se desvalorizar para sempre na sua vida erótica"

 

 

"Mas o que acontecera ao certo a Sabina? Nada. Deixara um homem porque queria deixa-lo. Esse homem tinha vindo atrás dela? Tinha querido vingar-se? Não. O seu drama não era o drama do peso, mas o da leveza. O que se abatera sobre ela não era um fardo, mas a insustentável leveza do ser."

 

MILAN KUNDERA foi distinguido com o Prémio Mundial da Fundação Simone e Cino Del Duca a 10 de Junho de 2009.

 

www.asa.pt/noticia.php

 

OPINIÃO:

 

A história acontece em Praga e em Viena, em 1968, e atravessa algumas décadas. Narra os amores e os desamores de quatro pessoas: Tomás, Teresa, Sabina e Franz.

Os personagens de Kundera neste romance são leves, Tomás colecciona encontros e relações sexuais, mas compreende que todas as suas buscas são um retorno ao mesmo, retorno a Teresa.


Teresa, por sua vez, tenta encaixar-se numa ordem, mas percebe o peso das suas ideias. Franz parece-se com Teresa, busca situar-se em algo, mas a casualidade rompe com os seus planos. Sabina parece-se com Tomás, também dança a música da casualidade dentro de um show que parece sempre ter os mesmos aplausos. Tomás e Sabina são metáforas da leveza do ser, o ser jogado dentro de uma perspectiva existencialista, seres condenados à liberdade de escolher.

 

De uma forma geral achei alguns capítulos do livro apaixonantes mas outros bastante aborrecidos. Talvez seja mesmo essa a mensagem que Milan Kundera pretende transmitir neste livro, a dualidade entre o peso e a leveza em cada detalhe da nossa vida.
Apesar de definitivamente não ser o livro da minha vida, vale a pena ler.
Fiquei curiosa para ler algo mais deste autor, para ficar com uma ideia mais clara da sua escrita.

 

CLASSIFICAÇÃO: 3/5

 


23
Jul 09

de Vikas Swarup

 

Edição/reimpressão: 2006
Páginas: 302
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789724148731
 

Por que está Ram, um pobre empregado de mesa de Bombaim, na prisão?

 

a) Esmurrou um cliente

 

b) Bebeu demasiado

whisky

c) Roubou dinheiro da caixa

 

d) É o vencedor do maior prémio de sempre de um concurso televisivo

 

A resposta certa é a alínea d).

 

Ram foi preso por responder correctamente às doze perguntas do concurso televisivo

Quem Quer Ser Bilionário?

.

 

Porque um pobre órfão que nunca leu um jornal ou foi à escola não pode saber qual é o mais pequeno planeta do sistema solar ou o título das peças de Shakespeare. A não ser que tenha feito batota.

 

Mas a verdade é que foi a própria vida a fornecer-lhe as respostas certas às dozes perguntas cruciais. Desde o dia em que foi descoberto num caixote do lixo que Ram revela instintos de sobrevivência infalíveis e aparatosamente criativos. Espantando uma audiência de milhões, serve-se dos seus conhecimentos de rua para arranjar respostas não só para o concurso televisivo mas também para a própria vida.

 

Na história do jovem Ram concentra-se toda a comédia, a tragédia, a alegria e a amargura da Índia moderna.

 

OPINIÃO:

 

Um livro com uma riqueza de detalhes impressionante. Muito bom. Vi o filme após ter lido o livro e foi uma grande desilusão, pois o livro supera-o completamente.

 

CLASSIFICAÇÃO: 4/5

 

O Filme "Quem Quer Ser Bilionário" de Danny Boyle foi o mais premiado 81ª edição dos Óscares, com oito prémios.

 

Melhor Filme: «Quem quer ser Bilionário?»

Melhor Realizador: Danny Boyle - «Quem quer ser Bilionário?»

Melhor argumento adaptado: Simon Beaufoy - «Quem quer ser Bilionário?»

Melhor fotografia: «Quem quer ser Bilionário?»

Melhor montagem: «Quem quer ser Bilionário?»

Melhor banda sonora original: A.R.Rahman - «Quem quer ser Bilionário?»

Melhor canção: «Jai Ho» (A.R. Rahman/Sampooran Singh Gulzar) - «Quem quer ser Bilionário?»

Melhor mistura de som: «Quem quer ser Bilionário?»

 
Trailer do filme:

 


As Pontes de Madison County de Robert James Waller

 

Edição/reimpressão: 2002
Páginas: 144
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789724129099
 
Sinopse
As Pontes de Madison County é a história de Robert Kincaid, fotógrafo famoso, e de Francesca Johnson, mulher de um agricultor do Iowa.
Kincaid, de 52 anos, é fotógrafo da National Geographic — um estranho e quase místico viajante dos desertos asiáticos, dos rios longínquos, das cidades antigas, um homem que se sente em desarmonia com o seu tempo. Francesca, de 45 anos, noiva italiana do pós-guerra, vive nas colinas do Iowa com as memórias ainda vivas dos seus sonhos de juventude. Qualquer deles tem uma vida estável, e no entanto, quando Robert Kincaid atravessa o calor e o pó de um Verão do Iowa e chega à quinta dela em busca de informações, essa estabilidade desaba e as suas vidas entrelaçam-se numa experiência de invulgar e estonteante beleza, que os marcará para todo o sempre.
O resultado é uma história apaixonante e profundamente comovedora, que foi levada ao cinema por Clint Eastwood, com Meryl Streep no papel de Francesca.
 
Trailer do filme:
 

 

Regresso a Madison County...

 

 

Regresso a Madison County de Robert James Waller
 
Edição/reimpressão: 2004
Páginas: 192
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789724139494
 
Sinopse

1981. Passaram dezasseis anos desde que Francesca Johnson e Robert Kincaid se conheceram, se apaixonaram e passaram juntos quatro dias que mudaram as suas vidas para sempre. Robert vive das recordações das suas viagens e da memória da única mulher que amou e a quem não voltou a ver; Francesca, agora viúva, vive, também ela, totalmente imersa nas memórias desse intenso romance. Decidido a relembrar a felicidade que o marcou tão irreversivelmente, Robert decide regressar a Madison County…

 

CLASSIFICAÇÃO: 4/5

 


08
Jul 09

 

O Perfume de Patrick Süskind

 

Edição/reimpressão: 2003
Páginas: 276
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722314480
 
Sinopse

Esta estranha história passa-se no século XVIII e é fruto de um extraordinário trabalho de reconstituição histórica que consegue captar plenamente os ambientes da época tal como as mentalidades. O protagonista é um artesão especializado no ofício de perfumista, e essa arte constitui para ele - nascido no meio dos nauseabundos odores de um mercado de rua - uma alquímica busca do Absoluto. O perfume supremo será para ele uma forma de alcançar o Belo e, nessa demanda nada o detém, nem mesmo os crimes mais hediondos, que fazem dele um ser monstruoso aos nossos olhos. Jean-Baptiste Grenouille possui no entanto uma incorrupta pureza que exerce um forte fascínio sobre o leitor.

 

O Perfume, publicado em 1985, de um autor então quase desconhecido, foi considerado um dos mais importantes romances da década e nunca mais deixou de ser reeditado desde então, totalizando os 4 milhões de exemplares vendi dos, só na Alemanha, e 15 milhões em países estrangeiros. Foi traduzido em 42 línguas. Este fenómeno transformou-o num dos mais importantes livros de culto de sempre.

 

Em 2006, O Perfume passa a ser uma longa-metragem inspirada no romance de Patrick Süskind.

 

O Filme:

 

Realização:Tom Tykwer

Intérpretes: Ben Whishaw, Dustin Hoffman, Alan Rickman, John Hurt

 

 Trailer:

 

 

OPINIÂO:

 

Um livro fantástico. Um romance insólito, descritivo, odorífero.

Apesar de me ter provocado algum mal-estar ler certas descrições do odor, no entanto estas são imprescindíveis para compreender o personagem e o seu ambiente.

Patrick Suskind inicia-nos numa viagem ao mundo das sensações, deixa o leitor maravilhado e inebriado pelo perfume que exala da sua escrita, plasmada de um modo simples e coerente.

Um livro bem conseguido que nos transporta para o mundo do olfacto e das sensações.

 

CLASSIFICAÇÃO: 4/5


Cinco Quartos de Laranja de Joanne Harris

 

Edição/reimpressão: 2001
Páginas: 320
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789724127002
 
Sinopse
Framboise regressa à pequena cidade onde nasceu, na província francesa, e abre aí um restaurante que rapidamente se torna famoso, graças às receitas de um velho caderno que pertencera à sua mãe. Essa espécie de diário contém igualmente uns estranhos apontamentos cuja decifração lançará uma nova luz sobre os dramáticos acontecimentos que marcaram a infância da protagonista nos dias já longínquos da ocupação nazi. Framboise recorda os sabores e os sentimentos da sua infância, numa França marcada pela dor e pela penúria da guerra, e muito especialmente um episódio que marcou a vida da família e constitui, para ela, a perda definitiva da inocência. Agora, já no Outono da vida, chegou a hora de enfrentar a difícil verdade.
 
 CLASSIFICAÇÃO: 2/5

publicado por wandinha às 20:50

Como Água para Chocolate - Laura Esquivel

 

Edição/reimpressão: 2000
Páginas: 232
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789724111988
 
Sinopse
Neste romance surpreendente e admirável, que revelou ao leitor português uma grande escritora mexicana, toda a trama narrativa roda em torno da cozinha e de um certo número de elementos culinários. Cada capítulo abre com uma receita fora do comum (mas ao mesmo tempo perfeitamente realizável), a pretexto e em volta da qual não apenas se juntam os comensais, mas também se "cozem" e "temperam" amores e desamores, risos e prantos, e se celebra o triunfo da alegria e da vida sobre a tristeza e a morte.
Enorme sucesso editorial, Como Água para Chocolate foi já traduzido em numeros países e adaptado ao cinema.
 
Laura Esquivel nasceu na cidade do México a 30 de Setembro de 1950. Começou por ser professora e escreveu obras de teatro para a infância. Revela-se primeiro como guionista de cinema com Guido Guán eTacos de Oro, 1985 , este ultimo nomeado pela Academia de Ciências e Artes Cinematográficas para o Prémio Ariel. Foi guionista, até que, ao publicar o seu primeiro romance Como Água para Chocolate, obteve um clamoroso êxito internacional – o livro está hoje traduzido em 35 línguas, foi adaptado ao cinema e vendeu mais de 3600000 exemplares, o que valeu a Laura Esquivel, em 1994, o ABBY (American Booksellers of the Year), pela primeira vez atribuído a um escritor estrangeiro.
 
CLASSIFICAÇÃO: 3/5
 
publicado por wandinha às 20:23

 

Os Filhos da Droga - Christiane F.

 

Edição/reimpressão: 1999
Páginas: 352
Editor: Livros do Brasil
ISBN: 9789723815160
 
Sinopse
 
É relatado o drama de Christiane, uma menina de seis anos que vive com pais numa aldeia alemã. Circunstâncias diversas conduzem o destino desta família até Berlim, a grande cidade que acaba por marcar grandes alterações na vida de Christiane. Aos poucos a felicidade desta criança começa a desmoronar-se, os pais divorciam-se, a mãe fica com a sua tutela mas a sua vida nunca mais será a mesma.
A dor e a tristeza irão fazer parte do dia a dia desta criança. Christiane conhece as pessoas erradas e de boa fé confia nelas, a curiosidade arrasta-a para o mundo escuro e frio da droga. Primeiro consome drogas leves (Haxixe e LSD) e segue-se a heróina. Aos 13 anos juntamente com o namorado de 17 anos é uma mulher forçada, a prostituição e o roubo são as suas formas de subsistência. Ter dinheiro para mais uma dose é o seu objectivo de vida, vida essa medíocre e insignificante. Segue-se a prisão, o sofrimento de uma mãe e as tentativas de recuperação.
Esta obra fala-nos da decadência do ser humano, da falta de orientação dos adolescentes, das dificuldades de contacto entre adultos e jovens, da facilidade de acesso à droga, de miséria e também de amor. Altamente descritivo, Os Filhos da Droga é um retrato nu e cru de um mundo devastador: O mundo da droga!
 

 

Livro marcante dos anos 80 que deu origem a um bom filme. A Obra é uma Biografia de uma adolescente alemã de 13 anos que se prostituía para comprar heroína.

 

Um drama perfeitamente actual na nossa sociedade, O livro foi Lançado em 1982 tornando-se um best-seller instantaneamente. Escrito por Kai Hermann e Horst Hieck. O nome de Cristiane F. era Vera Cristiane Felscherinow. Quinze anos após o lançamento do livro, Cristiane teve um filho que actualmente tem 11 anos.

 

Actualmente Vera Cristiane Felscherinow ainda é dependente da Heroína, vive do royalties da sua obra ainda, a sua vida pessoal continua uma lástima, tem afirmações polémicas e vive ainda em casa dos seus tios.

 

A verdadeira Christiane F.

 

 

 

OPINIÃO:

 

Li o livro há bastante tempo, nos meus tempos de juventude. É chocante o confronto com uma realidade cada vez mais presente nos nossos dias: o mundo da droga.

Deveria ser uma leitura obrigatória a todos os jovens.

 

 CLASSIFICAÇÃO: 4/5

publicado por wandinha às 20:00

As Horas de Michael Cunningham

 

Edição/reimpressão: 1999
Páginas: 228
Editor: Gradiva Publicações
ISBN: 9789726627050
 
Sinopse
Prémio para melhor filme e melhor actriz
As Horas: o grande vencedor dos globos de Ouro

O filme As Horas, baseado no premiado e homónimo romance de Michael Cunningham, acabou de ser galardoado com dois Globos de Ouro nas categorias de Melhor Filme de Drama e Melhor Actriz (Nicole Kidman).
Com realização de Stephen Daldry e argumento de David Hare, o filme conta, para além da surpreendente Nicole Kidman, que interpreta o papel de Virginia Wolff, com as brilhantes interpretações de Meryl Streep (Clarissa Vaughan) e de Julianne Moore (Laura Brown). A estreia em Portugal está marcada para o próximo dia 14 de Março.
Leia o livro antes de ver o filme!

"O livro vencedor do Pulitzer não é uma reescrita, é um mergulho no abismo de Virginia Woolf, que traz à tona o que faz dele uma obra: o abismo singular do seu autor, com o seu próprio poeta demente (Richard, que podemos fazer equivaler a Septimus, mas também a Virginia), os seus beijos inesquecíveis (o de Clarissa e Richard, junto a uma lagoa, ao crepúsculo, e, sobretudo, o de Laura e Kitty, ajoelhadas no chão de uma cozinha na Los Angeles do pós-guerra), a sua cidade (da West e da Greenwich Villages, com os seus quiosques de flores, os seus garotos de patins, a sua experiência da sida, a sua sexualidade difusa, as suas horas monótonas, o seu brilho incandescente, as suas horas de desistir e as suas horas de ressuscitar), a Manhattan em que em vez do primeiro-ministro ou da Rainha as estrelas que suscitam burburinho quando saem à rua são Meryl Streep, Vanessa Redgrave ou Susan Sarandon, e em que a filha de Clarissa já não passeará etérea no vestido justo mas usará ténis como tijolos, um piercing e cabelo rapado"
Alexandra Lucas Coelho, Jornal Público
 
Trailer do filme:
 

CLASSIFICAÇÃO: 4/5


07
Jul 09

   O Código da Vinci de Dan Brown

 

Edição/reimpressão: 2004
Páginas: 544
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722513524
 
Sinopse
O Código Da Vinci é uma obra simultaneamente vertiginosa, inteligente e intricadamente recheada de elementos científicos e de pormenores inesperados.

Harvard Robert Langdon, conceituado simbologista, está em Paris para fazer uma palestra quando recebe uma notícia inesperada: o velho curador do Louvre foi encontrado morto no museu, e um código indecifrável encontrado junto do cadáver. Na tentativa de decifrar o estranho código, Langdon e uma dotada criptologista francesa, Sophie Neveu, descobrem, estupefactos, uma série de pistas inscritas nas obras de Leonardo Da Vinci, que o pintor engenhosamente disfarçou.
Tudo se complica quando Langdon descobre uma surpreendente ligação: o falecido curador estava envolvido com o Priorado do Sião, uma sociedade secreta a que tinham pertencido Sir Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Da Vinci, entre outros.

 

Selecção de críticas ao livro publicadas pelos principais jornais norte-americanos e britânicos:

 

The Times (Londres)

21 de junho de 2003

“O título O Código Da Vinci deveria ser uma advertência, evocando a fórmula infame de Robert Ludlum: um artigo definido, uma palavra comum, e um epíteto exótico posposto”.

“De “A Herança Scarlatti”, através de “O Círculo Matarese” e até “O Engano Prometheus”, Ludlum teceu uma trama de roteiros extravagantes, protagonizados por personagens estereotipados que têm diálogos ridículos. Temo que Dan Brown seja o seu digno sucessor”.

“Este livro é, sem dúvida, o mais imbecil, inexacto, mal informado, estereotipado, e enlatado exemplo de pulp fiction que já li”.

“Já seria mau o suficiente, que Brown tivesse entrado num frenesim de New Age, tentando unir o Graal, Maria Madalena, os Templários, o Priorado de Sion, os Rosa Cruz , os números de Fibonacci e a Era de Aquário. Mas o pior é que ele o faz com muito pouca habilidade”.

“Os editores de Brown apresentaram um punhado de comentários elogiosos de escritores norte-americanos de thrillers de segunda linha. Só posso deduzir que a razão para o seu louvor excessivo foi porque as suas obras, quando comparadas com este livro, parecem obras de arte...”

 

Chicago Sun Times

27 de setembro de 2003

“Na nossa sociedade “correcta”, uma declaração considerada racista, anti-semita, contrária às mulheres ou aos homossexuais desqualificará o seu autor por muitos anos — mas o mesmo não ocorre em relação a insultos a Jesus Cristo e àqueles que seguem os seus ensinamentos. Longe disso: aumente as desgastadas histórias de conspiração católica até chegar à extensão de um livro, e isso poderá torná-lo rico e famoso, como acabou de acontecer com um tal Dan Brown, autor de O Código Da Vinci”.

“O romance mistura realidade e ficção, como um filme baseado em factos reais, e lança conjecturas sem fundamento sobre o catolicismo”.

“A suposta “pesquisa” de Brown deriva de teorias feministas extremistas”.

“Estas excêntricas suposições misturam-se com a realidade e com pesquisas mal feitas”. “Este romance faz parte de um género que apresenta um raivoso estereótipo do catolicismo como um vilão. Embora o ódio ao catolicismo impregne todo o livro, nenhuma parte da Igreja recebe mais ataques que o Opus Dei”.

 

 

New York Daily News

 

4 de setembro de 2003

 

“[Dan Brown] extrai muitos dados de dois trabalhos anteriores de pesquisa amadora: “The Templar Revelation: Secret Guardians of the True Identity of Christ” e “Holy Blood, Holy Grail”, uma especulação sobre a descendência de Cristo. Ambos foram desqualificados pela maioria dos especialistas no assunto”.

 

“Os seus erros crassos só podem deixar de indignar um leitor que conheça pouco o assunto”.

 

The New York Times
“O Código Da Vinci” desmascara Leonardo?

“Em vez de um filme, no entanto, parece que há uma ópera à espreita nessas páginas, e o sr. Brown poderia levar à prática o imortal conselho de Voltaire:’Se alguma coisa é muito estúpida para ser dita, pelo menos sempre poderá ser cantada’”.

 

Apesar das controvérsias o livro é um best-seller mundial, com mais de 70 milhões de cópias vendidas no mundo.

O sucesso deste livro levou à ideia de ser feita uma versão cinematográfica.

 

Trailer:

 

 

OPINIÃO:

 

Apesar de não considerar o livro uma obra literária, Dan Brown consegue através da sua escrita criar um bom livro policial de suspense e ficção (não o considero um romance). Uma narrativa cativante que consegue prender o leitor até às últimas páginas. Gostei do livro, apesar de toda a polémica que os temas abordados levantam, um bom livro de ficção, na minha opinião.

Já o filme, comparado com o livro, é uma grande decepção.

 

CLASSIFICAÇÃO: 2/5

publicado por wandinha às 22:57

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