"Sonhei, a noite passada, que voltara a Manderley". É com esta frase que começa o romance que consagrou Daphne du Maurier, traduzido em cerca de 20 línguas e adaptado em filme por Hitchcock.
Khaled Hosseini
Sem dúvida, uma história comovente de duas mulheres afegãs que lutam com coragem pela sobrevivência no cenário impiedoso do próprio Afeganistão.
A par da história pessoal destas duas mulheres, Hosseini não esquece de abordar as mudanças políticas no país, a retirada dos soviéticos e a tomada de poder pelos talibãs.
Um romance pleno de sensibilidade que nos toca profundamente.
Classificação: 8/10
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Doris Lessing
Anunciado dia 11 de Outubro de 2007 pela Academia Sueca, o Prémio Nobel da Literatura galardoou Doris Lessing, autora britânica de 87 anos. A Editorial Presença irá publicou O Sonho Mais Doce, um romance de 2001, com tradução de Fernanda Pinto Rodrigues. Geralmente concedido a elementos do sexo masculino, Doris Lessing foi uma revelação tornando-se a décima primeira mulher a receber o prémio contra cento e cinco homens já laureados. Escritora incansável, Lessing evidencia-se pela limpidez narrativa e por um genial tratamento das personagens, lugares e situações. "Foi pioneira na criação de uma consciência feminista na literatura, tem uma atitude de observação do mundo interior e do mundo real", refere Hélder Macedo escritor e amigo pessoal da autora. Considerado o maior prémio no mundo das letras foi justamente atribuído a uma grande senhora cujo talento encanta pela inovação e sentido de humanidade.
Em O Sonho Mais Doce, o leitor é conduzido por uma saga familiar que atravessa três gerações, centrando-se o enredo, sobretudo, na década de 60, altura em que a casa de Júlia Lennox alberga uma grande quantidade de jovens, personificando o espírito de liberdade prevalecente na Inglaterra de então. Recuando até 1914, a autora apresenta-nos Philip Lennox e a sua noiva Júlia, tendo como pano de fundo a I Guerra Mundial. Do casamento entre ambos nasce um filho Johnny, que se tornará um comunista muito activo. No limiar da II Grande Guerra Johnny apaixona-se por Frances, camarada do partido. Frances e os dois fiilhos que nascem desta união, abandonados por Johnny, vão morar com Júlia, entretanto já viúva. Já na década de 60, Sylvia, fruto de uma ligação amorosa de Johnny, também encontra refúgio em casa de Júlia. Sylvia sofre de anorexia mas apesar da doença consegue formar-se em medicina e depois de uma temporada em África regressa a Londres com dois jovens órfãos. Um retrato de três mulheres-coragem - Júlia, Frances e Sylvia - que aborda temas característicos de várias épocas como a guerra fria, a guerra do Vietname, as drogas, o surgimento da Sida em África, a anorexia e a depressão, entre outras.
Um livro interessante, principalmente pelos temas abordados. Achei a escrita da autora densa e por vezes um pouco cansativa. Houve partes do livro que se tornaram bastante aborrecidas. A leitura não fluiu com muita facilidade,e a sensação que tive foi, apesar de ter gostado do livro de uma forma geral, de que nunca mais chegava ao fim.
Classificação: 5/10
Obrigada Melrita pela partilha!
Marc Levy
James Frey
Obrigada zuzaa pela partilha!
Fabio Volo
OPINIÃO:
Um livro agradável de se ler, leve e de escrita acessível. A história torna-se bastante cativante acabando por nos prender a cada página, com a vontade de saber que volta irá dar a vida de Giacomo e Michela. Gostei.
Classificação: 3/5
Está a decorrer um Bookring deste livro no BookCrossing:
OPINIÃO:
Este livro é uma profunda crítica às desigualdades sociais e económicas que se vivem na Índia.
A história nasce de cartas que um pobre criado indiano, Balram, que se tornou num empresário que ascendou socialmente, envia ao Primeiro-Ministro chinês, Wen Jiabao. Nelas fala da pobreza extrema, da luta e o fosso entre classes e castas, da corrupção, das tradições e das diferenças culturais.
É um livro carregado de ironia e sarcasmo que despe a realidade, mostrando uma Índia que não conhecemos.
O livro superou todas as minhas expectativas, extremamente bem escrito, de uma forma dura, cruel e directa e principalmente realista.
Completamente recomendável.
Classificação: 5/5
Arthur Golden
OPINIÃO:
Um livro simplesmente fantástico. Um romance incrível que nos mostra uma parte da cultura fascinante do Japão. eu sou suspeita em relação a este livro, pois sou apaixonada pelo Japão e tudo o que lhe diz respeito. No final do livro tive de ver imediatamente o filme, para traduzir todas as palavras em imagens da pequena Chiyo, personagem central de toda a história. Recomendo vivamente a leitura!
CLASSIFICAÇÃO: 5/5
O Riso de Deus de António Alçada Baptista
..."Os que sonham a dormir sabem, de manhã, que era uma ilusão, mas os que sonham de olhos abertos acreditam que o estofo do futuro será feito desse sonho. Por isso são tão inquietantes aos olhos dos que preferiram ficar por aí, convencidos de que a vida se vive nestes limites, e nem ousam tomar conhecimento daquilo que se pode arriscar para poder experimentar as suas margens. É o medo que faz com que o homem ame a sua imperfeição." ...
Não consegui terminar de ler este livro. Comecei a ler com bastante entusiasmo, o início cativou-me bastante, mas com a continuidade da leitura o entusiasmo esmureceu-se página após página. Cada vez que pegava novamente no livro não conseguia avançar além de uma página. Acabei por desistir. Quem sabe um dia destes volte a pegar nele, mas com tantos livros por ler na estante, não deve ser para já.
O Perfume de Patrick Süskind
Esta estranha história passa-se no século XVIII e é fruto de um extraordinário trabalho de reconstituição histórica que consegue captar plenamente os ambientes da época tal como as mentalidades. O protagonista é um artesão especializado no ofício de perfumista, e essa arte constitui para ele - nascido no meio dos nauseabundos odores de um mercado de rua - uma alquímica busca do Absoluto. O perfume supremo será para ele uma forma de alcançar o Belo e, nessa demanda nada o detém, nem mesmo os crimes mais hediondos, que fazem dele um ser monstruoso aos nossos olhos. Jean-Baptiste Grenouille possui no entanto uma incorrupta pureza que exerce um forte fascínio sobre o leitor.
O Perfume, publicado em 1985, de um autor então quase desconhecido, foi considerado um dos mais importantes romances da década e nunca mais deixou de ser reeditado desde então, totalizando os 4 milhões de exemplares vendi dos, só na Alemanha, e 15 milhões em países estrangeiros. Foi traduzido em 42 línguas. Este fenómeno transformou-o num dos mais importantes livros de culto de sempre.
Em 2006, O Perfume passa a ser uma longa-metragem inspirada no romance de Patrick Süskind.
O Filme:
Realização:Tom Tykwer
Intérpretes: Ben Whishaw, Dustin Hoffman, Alan Rickman, John Hurt
Trailer:
OPINIÂO:
Um livro fantástico. Um romance insólito, descritivo, odorífero.
Apesar de me ter provocado algum mal-estar ler certas descrições do odor, no entanto estas são imprescindíveis para compreender o personagem e o seu ambiente.
Patrick Suskind inicia-nos numa viagem ao mundo das sensações, deixa o leitor maravilhado e inebriado pelo perfume que exala da sua escrita, plasmada de um modo simples e coerente.
Um livro bem conseguido que nos transporta para o mundo do olfacto e das sensações.
CLASSIFICAÇÃO: 4/5